Colaboração técnica

Sinergia em diferentes estágios do reparo

Colaboração Técnica

Nesta seção encontra-se a descrição do processo de manutenção e reparo. Em suma, compreende 4 estágios a partir da chegada dos ventiladores mecânicos (VM) no CEFET/RJ, até a certificação de conclusão do reparo, em que o equipamento é identificado como apto para operar novamente no hospital.

1. Higienização

Nesta etapa os aparelhos são limpos e desinfectados para garantir a segurança das equipes que realizarão sua manutenção e reparo nos laboratórios. Faz-se saber que os aparelhos já foram desinfectados ao saírem do hospital, mas passam por um segundo processo de higienização ao chegarem no Núcleo. Este trabalho é supervisionado e conduzido por docentes do curso técnico de enfermagem do CEFET/RJ campus Nova Iguaçu.

Apesar de parecer uma atividade simples, esta etapa segue uma metodologia previamente planejada segundo critérios de proteção biológica. Desde o momento de vestir o equipamento de proteção individual (EPI) até a manipulação dos equipamentos, a etapa de higienização segue um fluxo de um ambiente sujo para um ambiente limpo. Desta forma, os equipamentos são progressivamente higienizados e transportados para mesas com um grau maior de esterilização. Após ocorrem as sucessivas atividades, os materiais utilizados no processo são descartados em lixeiras apropriadas e os VMs conduzidos para a próxima etapa.

2. Manutenção inicial

Aqui, o objetivo principal é evitar descartar máquinas, para que se possa entregar o maior número de equipamentos possíveis em um curto período de tempo. Assim, é feita uma limpeza geral nas partes internas do VM e uma checagem do estado das peças. Isso é importante pois medicamentos e alimentos acabam sendo derramados acidentalmente sobre o equipamento, e resíduos acabam escorrendo para o interior. Ademais, ao substituir o que é facilmente intercambiável, acelera-se o processo de reparo. Já os aparelhos que necessitam de uma atenção maior são revistos ao final desta triagem inicial.

A partir disso, um esquema foi desenvolvido para organizar o ambiente e fortalecer a comunicação entre os voluntários, pois diferentes equipes se revezam nas atividades. Ao separar esta etapa por estações de trabalho, permitiu-se frisar o que foi feito, o que se tem por fazer e o que não precisa de atenção imediata, otimizando-se assim o tempo dos envolvidos. Em paralelo as atividades de manutenção inicial, ocorre a aferição das baterias e identificação do estado de carregamento das mesmas em uma estação de trabalho próxima, dedicada a esta finalidade somente.

Em suma, o fluxo de atividades segue o seguinte padrão:

  1. TRIAGEM INICIAL - A primeira atividade que o técnico realiza para aferir o estado da máquina. O voluntário tem a sua disposição o formulário “triagem inicial”, que foi desenvolvido pela equipe para auxiliar sobre quais informações do equipamento devem ser coletadas. O questionário é ilustrativo, acessível via computador e smartphone, e serve como banco de dados para o registro dos equipamentos.
  2. IDENTIFICAÇÃO DE ERROS - Após isso, o voluntário deverá ligar o VM e também com o auxílio do formulário, adicionar na base cadastral os erros técnicos que a máquina apresenta.
  3. CORREÇÃO DOS ERROS - Caso o VM ainda apresente alguma falha técnica, deverá voltar para a estação 2 (falta explicação com figura) e serem analisadas quais as possíveis causas dos erros.
  4. VALIDAÇÃO DA ETAPA - O final desta análise consiste em ligar a máquina e conferir se os mesmos erros iniciais estão ocorrendo. Caso não haja mais nenhum erro, a verificação deverá seguir para a próxima etapa, do teste de bancada, onde serão de fato realizadas checagens para então ir para a aferição. Vale a pena citar que a disposição desta bancada próxima à porta tem o propósito de evitar que os membros transitem pela sala ao buscar o equipamento para os próximos passos, evitando aglomerações.

3. Teste de bancada

Nesta etapa são realizados dois tipos de teste: (i) o teste inicial e (ii) o teste utilizando O2 (oxigênio) e ar comprimido. O teste inicial consiste em análises a nível eletroeletrônico e de diagnóstico de erros do equipamento. Entre as análises estão checagem de sistema de alimentação, reparo de circuitos, substituição de componentes, entre outros. O Teste com O2 e ar comprimido verifica se a máquina está fucionando corretamente do ponto de vista da dinâmica de gases. Nesta etapa se utiliza um sistema pulmonar artificial para simular um pulmão humano ligado ao VM.

Um série de procedimentos de verificação são realizados para avaliar possíveis causas de problemas a nível dos circuitos de gases e seus componentes. Somente após a aprovação nesta etapa e garantia de funcionamento adequado dos equipamentos que os mesmos seguem para a etapa de aferição.

4. Aferição

Neste momento, um técnico especialista da empresa parceira Nova Service utiliza um equipameto específico para aferir o equipamento. Com metodologia similar aos testes de bancada, o técnico coleta informações variadas das condições de operação do VM para cada ajuste que realiza nos parâmetros disponíveis. Ao final, se o relatório apresentar valores satisfatórios, o equipamento recebe selo de aferição e fica disponível para utilização no hospital. Do contrário, retorna para a bancada a fim de se sanar os problemas encontrados.